quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

INESC TEC desenvolve sistema de Internet e Televisão Digital para Autocarros da STCP


SITMe é o nome do projeto que nos próximos seis meses vai circular na Linha 207 da STCP


Foto e Edição: Adriano Cerqueira
SITMe (Serviços Integrados para Transportes Metropolitanos) é o nome do sistema de Internet e televisão digital desenvolvido por um consórcio liderado pela Xarevision, no qual participaram o INESC TEC e as Faculdades de Engenharia (FEUP) e de Economia (FEP) da Universidade do Porto, para os autocarros da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP). Este sistema já se encontra disponível para os utilizadores na linha 207 (Campanhã/Mercado da Foz) da STCP.

Adriano Cerqueira

Com uma duração de seis meses, o SITMe vai estar presente em 11 autocarros e, através de dois ecrãs instalados nos veículos, vai disponibilizar notícias, informação e entretenimento aos passageiros. O Semanário Grande Porto e o Porto Canal são os meios responsáveis por disponibilizar informação atualizada sobre a região do Grande Porto.

Múltiplas tecnologias garantem conectividade permanente


Este equipamento de comunicações para transportes públicos é capaz de usar várias tecnologias de redes sem fios tais como 3G, Wi-Fi ou WiMax. O equipamento escolhe de forma inteligente e cognitiva a tecnologia que garanta maior largura de banda (bit/s) em cada ponto do percurso da linha de autocarros, oferecendo uma extensa capacidade de comunicação aos passageiros do autocarro.

A experiência dos utilizadores dos transportes públicos da área metropolitana do Porto sai assim melhorada porque este sistema de comunicações garante um acesso à Internet com largura de banda máxima em todos os pontos do percurso, sendo capaz de atingir débitos na ordem dos 40 Mbit/s. Além dos serviços de Internet e TV Digital para os utilizadores, o SITMe pode ainda vir a ser usado na implementação de serviços de videovigilância ou de serviços de apoio ao condutor do veículo, contribuindo assim para uma gestão mais segura e eficiente da rede de transportes públicos.

Intermodalidade no horizonte do SITMe


A arquitetura de comunicações desenvolvida encontra-se preparada para que no futuro possa incluir metros e táxis, permitindo que os passageiros usem o serviço de forma contínua durante uma viagem que inclua diferentes tipos de transporte.

O projeto SITMe teve início em Setembro de 2009, desde então foi desenhada a arquitetura do sistema atual e desenvolvido todo o software que está neste momento em funcionamento nos autocarros. Com menos de um mês de operação, o piloto conta já com milhares de utilizadores do serviço de acesso à Internet a bordo dos autocarros e com dezenas de GByte de tráfego transferidas.

SITMe é base para novos projetos de redes sem fios


Tânia Calçada, investigadora do INESC TEC envolvida no SITMe, afirma que este projeto abre as portas para novas iniciativas no âmbito das redes sem fios. “Após os seis meses de duração do piloto, o SITMe chegará ao fim. Mas, na área de redes sem fios da Unidade de Telecomunicações e Multimédia do INESC TEC vão continuar os trabalhos de investigação no âmbito das redes de comunicações sem fios vocacionadas para transportes. A experiência e o conhecimento adquiridos durante este projeto deram já origem a novas ideias que serão exploradas em novos projetos de I&D e teses de doutoramento”, salienta.

O SITMe é uma iniciativa QREN, financiada pela  União Europeia - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional através do PO Norte, que recebeu igualmente apoios da ELO – Sistemas de Informação, da ISGUS (ELO Ibérica S.A.), da ONI e da empresa Porto Digital.

Apresentado no passado dia 22 de dezembro nas instalações do INESC TEC, o SITMe estará disponível durante os próximos seis meses de forma gratuita para os utentes da linha 207 da STCP.

Entrevista a Hélder Fontes (UTM)


Foto: Adriano Cerqueira
BIP - Como surgiu a ideia para este projeto?

Hélder Fontes - A ideia deste projeto surgiu em 2005 durante a definição das teses de doutoramento dos meus colegas Pedro Fortuna e Gustavo Carneiro.

BIP - Em que âmbito se insere a sua dissertação no contexto do SITMe?

HF - A minha dissertação pretende melhorar o desempenho do sistema de comunicações desenvolvido neste projeto usando o conhecimento e a experiência adquiridos.

BIP - Em que fase se encontra o desenvolvimento da dissertação?

HF - Neste momento encontra-se concluída a fase de definição do problema que pretendo abordar. Estou agora numa fase de recolha de dados que caracterizam a operação do protótipo real do SITMe, constituído pelos 11 autocarros da linha 207 da STCP. Esta informação vai ajudar-me a validar as minhas contribuições.

BIP - Quais os resultados esperados?

HF - Pretendo, no final da minha dissertação, ter criado uma nova geração do sistema de comunicações atualmente usado no SITMe. Esta versão deverá ser mais eficiente a tirar partido das várias redes multi-tecnologia existentes, traduzindo-se num melhor desempenho da rede veicular oferecida e, por conseguinte, numa melhor qualidade de serviço para os seus utilizadores.

Fonte Original: BIP 123

INESC TEC desenvolve fato para monitorizar nadadores

Imagem D/R

O INESC TEC, em parceria com a Universidade do Minho e a Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, desenvolveu um equipamento de treino que pode permitir aos treinadores de nadadores de alta competição avaliarem os diversos parâmetros biométricos e de desempenho, contribuindo para um maior conhecimento e melhores resultados.

Adriano Cerqueira

O projeto chama-se BIOSWIM - Body Interface System based on Wearable Integrated Monitorization, um sistema de interface corporal baseado em monitorização integrada que pode ser usado por um atleta, um nadador casual ou um paciente em reabilitação fisioterapêutica. Uma solução universal para monitorizar sinais fisiológicos e biomédicos de um nadador sob condições de treino tanto dentro como fora de água, com possíveis aplicações em todos os desportos ou atividades em meio aquático.

O objetivo é criar um fato instrumentado de natação, com cerca de vinte sensores colocados em zonas estratégicas, para se analisar parâmetros biomecânicos, fisiológicos e de desempenho do nadador. Por exemplo, o ritmo cardíaco, a atividade muscular, acelerações dos membros, pressão palmar, temperatura timpânica, frequência respiratória e velocidade do nadador, entre outros.

O fato é composto por sensores eletrónicos e têxteis integrados, sendo os dados enviados por um sistema sem fios para análise em tempo real podendo, simultaneamente, ser guardados em memória para análise posterior. Deste modo o treinador poderá complementar a sua observação com dados que permitirão aperfeiçoar o desempenho do atleta, assim como aperceber-se de sinais de fadiga extrema ou de alerta.

O BIOSWIM surgiu em 2006, como proposta de investigadores do 2C2T, do Centro Algoritmi, ambos da U. Minho, do INESC TEC e da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, tendo-se iniciado em finais de 2007 com apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia. No projeto colaborou ainda a nadadora do FC Porto, Sara Oliveira que representou Portugal nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008. No futuro este equipamento pode vir a ser aplicado noutros desportos e áreas, desde a saúde ao lazer.

Fonte Original: BIP 123

TriMARES premiado em ano de ouro para a Robótica do INESC TEC


ROBIS é agora a maior unidade de Robótica do Norte do País


Edição de Imagem: Adriano Cerqueira
Com elementos cuja atividade remonta a 1993 com os primeiros passos registados em diversas áreas como o Futebol Robótico e a robótica submarina, a Unidade de Robótica e Sistemas Inteligentes (ROBIS) do INESC TEC tem-se afirmado como uma das unidades com maior índice de crescimento dentro do universo INESC TEC. Para António Paulo Moreira, um dos coordenadores da ROBIS, a afirmação desta unidade tem demonstrado bons resultados: “O crescimento da ROBIS é muito positivo, quer em termos de número de elementos, quer em termos de qualidade dos recursos humanos e das condições de trabalho. Passámos de nove elementos em 2009 para mais de 50 em 2012 com proveitos na ordem de um milhão de euros em 2012. Atualmente estão em curso na Unidade 28 teses de doutoramento e 30 teses de mestrado.”

Adriano Cerqueira

A ROBIS foi oficialmente estabelecida em 2009 como fruto da colaboração entre diferentes docentes e investigadores do Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) que desenvolviam as suas atividades de investigação na área da Robótica e Sistemas Inteligentes. Inicialmente a unidade estava dividida entre a Robótica terrestre (veículos terrestres autónomos e manipuladores) e a Robótica “aquática” (barcos autónomos e submarinos autónomos), tendo a integração no INESC TEC levado a um maior aumento da cooperação entre os investigadores.

Crescimento contínuo com aposta na internacionalização


Em Fevereiro de 2011 a ROBIS deu um passo importante no crescimento da sua atividade através da fusão entre os grupos de robótica do INESC TEC e do ISEP (Instituto Superior de Engenharia do Porto) – Grupo de Robótica e Sistemas Inteligentes (ROBIS) e Laboratório de Sistemas Autónomos (LSA), respetivamente. A nova face da Unidade de Robótica traçou como objetivo ganhar uma dimensão internacional, através da aposta em mercados em forte expansão. Um passo estratégico daquela que é agora a maior unidade de robótica do Norte do país. A fusão entre os grupos de robótica do INESC TEC e do ISEP teve ainda como objetivo otimizar recursos, incrementar sinergias e fortalecer a capacidade científica e tecnológica de ambas as instituições.

Associar a nível internacional a robótica ao nome INESC TEC é a principal meta para o futuro da ROBIS. “No futuro pretende-se melhorar o networking internacional, nomeadamente, no imediato com a Europa e com a Austrália e através do reforço dos contactos já existentes com o Brasil. O objetivo é que o INESC TEC seja internacionalmente reconhecido e associado à Robótica. Pretende-se também reforçar os recursos humanos com contratações e com a criação de bolsas para mestres, doutorados e técnicos”, afirma António Paulo Moreira.

Neste momento a ROBIS está presente em cinco projetos Europeus, dos quais se destacam o projeto ICARUS e o projeto Increase Autonomy for AUVs – Unmanned Maritime Systems (UMS) da European Defence Agency (EDA). O projeto ICARUS, realizado em conjunto com a Marinha Portuguesa, tem como objetivo desenvolver sistemas marítimos autónomos para apoio de atividades de busca e de salvamento em caso de catástrofe. As ferramentas robóticas que estão a ser desenvolvidas vão ser dotadas com um grau de autonomia que as torne capazes de encontrar sobreviventes humanos de catástrofes e assim libertar as equipas de salvamento das tarefas mais difíceis e perigosas. Já o UMS está a ser desenvolvido para a EDA com o objetivo de aumentar a capacidade de veículos subaquáticos autónomos em aplicações na área da defesa naval, nomeadamente, na deteção de minas marinhas e respetivas contras-medidas.

Prémio Inovação da Exame Informática distingue TriMARES


A evolução da ROBIS foi recentemente premiada com o reconhecimento do submarino robô TriMARES na categoria de Inovação dos Prémios “O Melhor de 2011” da revista Exame Informática. Estes prémios têm como objetivo dar a conhecer pessoas e empresas que se distinguem no desenvolvimento de novas tecnologias a nível nacional.

O TriMARES é um robô de monitorização de meios aquáticos que foi recentemente exportado para o Brasil, num projeto em cooperação com a Universidade Federal de Juiz de Fora, com o objetivo de ser usado para examinar o fundo da albufeira do Lajeado, recolher dados sobre a qualidade das águas e verificar as condições do paredão da barragem. Este equipamento de monitorização é capaz de inspecionar estruturas de barragens e o assoreamento das bacias, com grau de precisão na ordem dos centímetros e em tempo real. O robô TRIMARES é uma evolução do submarino MARES também desenvolvido pela equipa do INESC TEC e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e que tem sido usado em campanhas de monitorização ambiental desde 2007.

Para António Paulo Moreira este prémio é “um reconhecimento pela excelente qualidade da investigação desenvolvida na Unidade, geradora de aplicações e equipamentos inovadores”. “Um prémio mais do que merecido para os intervenientes”, acrescenta.

Semantic Pacs com Menção Honrosa na categoria de Software


Além do TriMARES também o projeto Semantic Pacs foi galardoado com uma Menção Honrosa na categoria de Software. Desenvolvido pela Unidade de Telecomunicações e Multimédia (UTM) do INESC TEC, em conjunto com uma equipa da FEUP, o Semantic Pacs permite uma análise automatizada de mamografias. O processo é feito por comparação tendo como base casos similares, sendo que o software analisa e valida automaticamente os casos em que o resultado do diagnóstico do cancro da mama é claro. Este sistema permite uma fiabilidade de 100% na deteção de tumores malignos. Reduzindo o tempo de espera pelo diagnóstico, e consequentemente o desgaste emocional das pacientes, este projeto representa um avanço significativo na deteção do cancro da mama.

A entrega dos prémios decorreu durante a conferência “O Melhor do Portugal Tecnológico”, organizada pela Exame Informática e pelo Expresso, que teve lugar no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, no dia 5 de Dezembro.

O Prémio “O Melhor de 2011” na área da Inovação para o submarino robô TriMARES, vem galardoar da melhor forma um ano de forte crescimento para a Unidade de Robótica e Sistemas Inteligentes. A ROBIS reforça assim a sua presença na área da robótica, consolidando-se como uma unidade de referência da robótica portuguesa, com reconhecimento a nível internacional.

Em Discurso Direto


Foto: Adriano Cerqueira
Edimar Oliveira, Leonardo Honório e Pedro Barbosa, Professores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e colaboradores do projeto TriMARES no Brasil 

BIP - O que estão a achar da vossa participação no INESC Porto?

Pedro Barbosa e Edimar Oliveira - A interação com os pesquisadores do INESC Porto e da FEUP está sendo muito boa. Estamos tendo a oportunidade de observar e participar em estudos realizados pela unidade  de Robótica e Sistemas Inteligentes, particularmente aqueles ligados ao OceanSys Lab. Esta parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) vai impulsionar o nosso grupo de pesquisa na área de Robótica e Automação Industrial.

BIP - Que mais-valias podem retirar desta experiência?

PB&EO -  Em 2009 foi criado na UFJF o curso de Graduação e a Linha de Pesquisa na Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) na área de Robótica e Automação Industrial. Portanto, esta nossa participação na ROBIS vem ao encontro da nossa intenção de iniciar esse novo curso a partir de conhecimentos e pesquisas consolidadas e premiadas mundialmente. 

BIP - Qual o impacto do TriMARES? Como está a correr a prestação do submarino robot no Brasil?

PB&EO - O impacto do TriMARES está acontecendo nas esferas regional e nacional. Na UFJF o TriMARES está desempenhando um papel muito positivo para a visibilidade do novo curso motivando o ingresso de novos alunos e investigadores para o grupo de Robótica. Na esfera nacional o TriMARES deverá iniciar as tarefas de prospeção e investigação de assoreamento em barragens e lagos de usinas hidrelétricas no Brasil. Além disso, pesquisadores do Centro de Pesquisa da Petrobras (CENPS) em visita ao laboratório demonstraram bastante interesse no desenvolvimento desta tecnologia para prospeção em águas profundas.

Fonte Original: BIP 122

INESC TEC participa na sessão anula do COMPETE

Foto: Adriano Cerqueira

O INESC TEC esteve presente na sessão anual do COMPETE (Programa Operacional Factores de Competitividade), organizada em articulação com o Ministério da Economia e Emprego. Subordinado ao tema “Competitividade e Internacionalização: Pólos de Competitividade e Clusters”, este evento teve lugar na Alfândega do Porto no dia 20 de dezembro.

Adriano Cerqueira

A sessão anual do COMPETE foi composta por um Fórum e uma Exposição onde foram debatidas a estratégia de mercado e a internacionalização em torno dos polos de competitividade e clusters. Este Fórum reuniu representantes do tecido socioeconómico e especialistas em torno de painéis de debate e reflexão sobre empreendedorismo , inovação, competitividade e internacionalização.

José Carlos Caldeira, diretor do INESC Porto, esteve presente em dois dos debates realizados ao longo do Fórum COMPETE, com intervenções na sessão “Empreendedorismo e Inovação : Políticas para o crescimento, emprego e internacionalização”, em representação do INESC TEC, e na sessão “Indústrias Transversais de Suporte”, na qualidade de representante do Pólo das Tecnologias de Produção (PRODUTECH).

À margem do Fórum COMPETE foi realizada uma exposição de apresentação de resultados tecnológicos dos Pólos de Competitividade e Clusters, na qual estiveram presentes os projetos Semantic PACS e BCCT.Core desenvolvidos pela Unidade de Telecomunicações e Multimédia (UTM), e o projeto ShoeID da Unidade de Engenharia de Sistemas de Produção (UESP) do INESC TEC. O Semantic PACS e o BCCT.Core foram apresentados no âmbito do Pólo da Saúde, já o ShoeID esteve inserido no Pólo das Tecnologias de Produção.

Fonte Original: BIP 122

domingo, 23 de dezembro de 2012

Sistemas inovadores de logística interna são aposta do INESC TEC


Otimizar a produção de produtos customizados é o desafio do PRODUTECH


Edição Imagem: Adriano Cerqueira
A Unidade de Engenharia de Sistemas de Produção (UESP), em conjunto com a Unidade de Robótica e Sistemas Inteligentes (ROBIS) do INESC TEC, está a desenvolver um sistema avançado de gestão da logística interna para produtos customizados capaz de gerir diferentes sistemas de movimentação e armazenamento temporário. Esta iniciativa, designada por “PPS3 - Gestão de operações e logística para produtos customizados” e desenvolvida no âmbito do PRODUTECH – Pólo das Tecnologias de Produção, tem também como objetivos o desenvolvimento de um sistema inovador de posicionamento e movimentação de veículos autónomos guiados (AGV - Automated Guided Vehicle), e a integração entre sistemas logísticos e sistemas de gestão empresarial.

Adriano Cerqueira

Com um orçamento de cerca de 280 mil euros, esta atividade tem como objetivo a conceção e o desenvolvimento de sistemas inovadores de logística interna com elevada flexibilidade. Estes sistemas serão baseados em novos módulos de logística interna e mecanismos de movimentação autónomos, capazes de movimentar simultaneamente produto em curso de fabrico e materiais, entre postos de trabalho com rotas de fabrico distintas. Segundo Rui Rebelo da UESP, responsável pelo projeto, o sistema resultante desta atividade será ainda testado nas fábricas ADIRA, produtora de máquinas-ferramentas, e na EFACEC.

Rotas de fabrico mais eficientes para produtos customizados


Melhorar os sistemas atuais de localização, permitindo que os sistemas autónomos se possam movimentar em ambientes onde os sistemas tradicionais não funcionam, ou são demasiado dispendiosos para determinadas aplicações, são os principais desafios desta iniciativa.

Caracterizada por pequenas quantidades, diversas rotas de fabrico em produção simultânea e uma grande diversidade de matérias-primas a distribuir pelos postos de trabalho no momento e na quantidade certa, a produção de produtos customizados afirma-se como uma das principais problemáticas que este projeto procura resolver.

A eficiência de um sistema de produção de produtos customizados está diretamente relacionada com a flexibilidade do sistema de logística interna e dos setups mais fáceis de efetuar, envolvidos na troca de produtos entre os equipamentos produtivos.

Os sistemas logísticos têm assim um papel fundamental na gestão da complexa rede de fluxos de materiais e de informação, assim como na movimentação e armazenamento da grande variedade de produtos em curso de fabrico e na gestão simultânea de diversas rotas de produção.

Melhorar a flexibilidade dos sistemas logísticos é o desafio


A rigidez dos sistemas atuais de logística interna faz com que as empresas não possam evoluir os seus mecanismos de produção para permitirem a oferta de uma maior gama de produtos customizados. Para resolver esta problemática, esta atividade centra-se na conceção e no desenvolvimento de sistemas capazes de movimentar simultaneamente produto em curso de fabrico e materiais, entre postos de trabalho, com rotas de fabrico distintas e dinâmicas.

Este projeto desenvolvido no âmbito do PRODUTECH visa atingir a flexibilidade total nos sistemas de logística interna, ao permitir que a movimentação do produto em curso de fabrico entre os diversos postos de trabalho e armazéns não tenha limites de rotas de ligação ou de meios de movimentação. Diminuir os tempos de movimentação em relação aos tempos de produção será um fator determinante para a obtenção da flexibilidade total do sistema.

De acordo com Rui Rebelo, este projeto vai desenvolver “um conjunto de módulos logísticos altamente flexíveis, tendo por base AGVs com novo sistema de localização, com aplicação em toda a indústria cuja produção se foca em produtos customizados e numa grande variedade de artigos em produção simultânea”.

Veículos Autónomos são a solução


O recurso a veículos autónomos guiados (AGVs) de baixo custo, capazes de movimentar os produtos ao longo do processo de fabrico entre os postos de trabalho e os armazéns, é uma das soluções propostas para melhorar a flexibilidade do sistema.

Atualmente existem AGVs de diversas dimensões e com sistemas de posicionamento distintos, aplicados a operações que tipicamente estão desacopladas umas das outras, mas com custos e especificações não apropriadas à situação abordada neste projeto.

O “PPS3 - Gestão de operações e logística para produtos customizados” pretende assim melhorar os sistemas de posicionamento atual de forma a tornar os AGVs ainda mais livres e autónomos na sua capacidade de movimentação. Estes sistemas de posicionamento deverão permitir ainda uma flexibilidade suficiente para serem utilizados na carga de camiões com dimensões diversas e sem marcações de guiamento.

Este novo sistema logístico de elevada flexibilidade será gerido segundo uma lógica de serviço tendo na sua configuração final diversos componentes logísticos tais como AGVs, tapetes de movimentação, manipuladores, assim como uma framework genérica de gestão, integração e otimização de todos os componentes logísticos disponíveis na empresa.

Nova framework permite acelerar o processo de fabrico


A framework de gestão que será desenvolvida vai permitir uma visão global dos recursos logísticos disponíveis na empresa. Por exemplo, mediante um pedido de movimentação lançado por um posto de trabalho ao terminar uma operação ou por um supermercado solicitando a reposição de um artigo, o sistema de gestão global será capaz de determinar qual o melhor meio logístico para proceder à execução do pedido.

Liderada por Rui Rebelo (UESP) e António Paulo Moreira (ROBIS), a equipa da atividade 2 do PPS3 do PRODUTECH é ainda composta por Paulo Costa, Hélio Mendonça, Héber Sobreira e Miguel Pinto da ROBIS, e por António Correia Alves, Pedro Ribeiro e Paulo Sá Marques da UESP.

O novo conceito de logística interna de elevada flexibilidade desenvolvido pelo INESC TEC vai possibilitar a produção de produtos customizados de uma forma eficiente, ao permitir a livre movimentação de todo o produto pelo seu curso de fabrico. Este projeto visa assim eliminar as operações que não acrescentam valor ao produto final, otimizando os recursos produtivos na produção customizada com recurso a rotas de fabrico distintas, possibilitando assim uma reformulação do layout fabril sem ser condicionado pelo sistema logístico já existente.

O INESC TEC promove o desenvolvimento de projetos no âmbito do PRODUTECH, inserido num universo de 66 entidades promotoras ligadas a este Pólo. A “PRODUTECH – Associação para as Tecnologias de Produção Sustentável” é a principal entidade promotora com o objetivo de implementar iniciativas de eficiência coletiva que visem a inovação, a qualificação e a modernização das empresas produtoras de tecnologias de produção.

Fonte Original: BIP 121

INESC TEC desenvolve perfis de consumo na Bósnia e Herzegovina

Imagem D/R

A Unidade de Sistemas de Energia (USE) do INESC TEC assinou um contrato de fornecimento de consultoria avançada para implementação de um programa de Load Research na Bósnia e Herzegovina (BiH). Este contrato surgiu na sequência de uma solicitação da Advanced Engineering Associates International.

Adriano Cerqueira

O INESC TEC vai apoiar diretamente os reguladores e operadores da rede elétrica da BiH no desenvolvimento de perfis de consumo para o funcionamento do mercado elétrico e, também, na definição de metodologias que permitam quantificar de forma completa os custos associados aos vários tipos e grupos de consumidores.

Da parte do INESC TEC esta atividade conta com a colaboração dos consultores Nuno Fidalgo e Vladimiro Miranda.

Fonte Original: BIP 121

INESC TEC é vencedor do prémio GAPI-CTCP - Inovação Tecnologia 2011

Imagem D/R

O INESC TEC, através da Unidade de Engenharia de Sistemas de Produção (UESP), foi vencedor do prémio GAPI-CTCP - Inovação Tecnologia 2011 pelo segundo ano consecutivo.

Adriano Cerqueira

O projeto SIBAP - Sistema Automático de Balanceamento de Linhas de Produção para a indústria do calçado, desenvolvido pelo INESC TEC em parceria com a FLOWMAT e o CTCP (Centro Tecnológico do Calçado de Portugal), foi o vencedor na categoria de “Software”. Com gamas operatórias em grafo, vocacionado para sistemas de produção de mão de obra intensiva, este sistema visa colmatar falhas, nomeadamente perdas de produtividade, que se verificam com os atuais sistemas, que não estavam preparados para a produção de vários modelos em simultâneo.

O Gabinete de Apoio à Propriedade Industrial (GAPI) do Centro Tecnológico do Calçado de Portugal premiou assim as empresas que mais se notabilizaram pelo nível tecnológico dos produtos que lançaram no mercado em 2011. Novos materiais, novos produtos de calçado, novos equipamentos e novo software, foram as quatro categorias de prémios atribuídas.

Além do SIBAP foram ainda premiadas a ICC - Indústria e Comércio de Calçado, a Procalçado - Produtora de Componentes para Calçado e a CEI - Companhia de Equipamentos Industriais, nas categorias de materiais e componentes, novo produto e bens de equipamento, respetivamente.

A equipa do INESC TEC responsável pelo projeto SIBAP é composta por Rui Rebelo, José Soeiro, Marta Fonseca, Nicolau Santos, Paulo Marques e Pedro Ribeiro.

A cerimónia de entrega dos prémios teve lugar no dia 16 de novembro, nas instalações do CTCP, no decorrer da V Jornada ShoeInov 2011.

Fonte Original: BIP 121

Investigadora do INESC TEC vence Prémio Gulbenkian

Imagem D/R

Cláudia Ferreirinha da Unidade de Optoeletrónica e Sistemas Eletrónicos (UOSE) do INESC TEC foi uma das investigadoras distinguidas pelo Prémio Estímulo à Investigação da Fundação Calouste Gulbenkian.

Adriano Cerqueira

O Programa de Estímulo à Investigação tem como objetivo incentivar entre os jovens a criatividade e a qualidade na atividade de investigação científica distinguindo, anualmente, propostas de investigação de elevado potencial criativo em áreas científicas, no âmbito das disciplinas: Matemática, Física, Química e Ciências da Terra e do Espaço. Este programa permite que os jovens sejam integrados em centros de investigação portugueses para poderem desenvolver os seus projetos.

O projeto que valeu a distinção de Cláudia Ferreirinha visa a deteção da bactéria Escherichia Coli através da reação de uma enzima específica deste microrganismo. O projeto inclui ainda uma segunda fase que consiste na integração da reação a um lab-on-a-chip a ser desenvolvido em conjunto com o grupo de microfabricação da UOSE.

Este projeto está inserido numa estratégia de desenvolvimento de sensores para a segurança (bioterrorismo) e saúde pública, iniciada há três anos na unidade de biossensores.

Além do INESC TEC este projeto conta com a participação do IBMC-INEB, da Universidade de Burgos (Espanha) e do ICETA/REQUIMTE.

A par com a sua investigação no INESC TEC, Cláudia Ferreirinha encontra-se atualmente a frequentar o Mestrado Integrado em Bioengenharia na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

Fonte Original: BIP 121

Investigador do INESC TEC edita livro sobre Veículos Submarinos Autónomos

Foto: Adriano Cerqueira

Nuno Cruz, investigador da Unidade de Robótica e Sistemas Inteligentes (ROBIS) do INESC TEC, é o editor do livro Autonomous Underwater Vehicles, publicado pela InTechopen em outubro de 2011.

Adriano Cerqueira

Este livro recolhe uma série de capítulos que cobrem os diferentes aspetos da tecnologia AUV (Autonomous Underwater Vehicles), assim como as suas aplicações, de forma mais detalhada que aquela encontrada em revistas da especialidade e em artigos científicos. Os capítulos são divididos em três secções que abordam os temas de design inovador de veículos, técnicas de navegação e  controlo, e preparação e análise de missões.

Os AUVs revolucionaram o processo de recolha de dados dos oceanos. O desenvolvimento destes veículos deveu-se ao aperfeiçoamento de tecnologias complementares que permitiram superar os desafios associados a operações autónomas em ambientes hostis. A maioria destes avanços tinha como objetivo endereçar novos cenários de aplicação e diminuir os gastos envolvidos na recolha de dados no oceano. Com as capacidades atuais, novos paradigmas estão a ser implementados para explorar a inteligência disponível a bordo, através de decisões online baseadas em interpretação de dados em tempo real.

Autonomous Underwater Vehicles proporciona um olhar sobre o futuro da tecnologia implementada nos veículos submarinos autónomos, assim como as suas possíveis aplicações.

O livro encontra-se disponível para consulta online em: InTechOpen.

Fonte Original: BIP 121

sábado, 22 de dezembro de 2012

INESC TEC com presença reforçada na Investigação para a Saúde


20 Projetos da Área da Saúde apresentados na Mostra Health Cluster


Edição Imagem: Adriano Cerqueira
O INESC TEC esteve presente na Mostra Health Cluster Portugal, que se realizou no passado dia 27 de setembro no Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde (ICVS) da Universidade do Minho, em Braga.

Adriano Cerqueira

Esta iniciativa teve como objetivo funcionar como uma plataforma para a divulgação de invenções e tecnologias na área da saúde, promovendo um ponto de encontro entre instituições de I&D, universidades, gabinetes de transferência de tecnologia, hospitais e empresas ligados ao Health Cluster Portugal,  e um fórum para a apresentação das tecnologias mais inovadoras desenvolvidas em Portugal na área da saúde.

Nesta Mostra, o INESC TEC apresentou mais de 20 projetos ligados à saúde e bem-estar, estando representado pela quase totalidade das suas Unidades e pela empresa spin-off Tomorrow Options.

Smart Health, uma aposta ganha


Com a missão de desenvolver atividades de I&D competitivas a nível internacional, e de agir como uma interface eficaz entre universidades, empresas, administração pública e sociedade, o INESC TEC procura elevar a qualidade da ciência e da investigação feita em Portugal para aumentar a competitividade das suas empresas a nível internacional através da aposta em investigação de relevância social com um grande impacto económico.

A Smart Health surge então como um dos maiores desafios. Com um total de 20 projetos desenvolvidos na área da saúde, o INESC TEC reforça a sua presença numa das áreas com maior impacto a nível social e económico.

Sensores de Fibra Ótica


Na aplicação de sensores de fibra ótica na saúde destacam-se os projetos Hybrid, Oxygen e SENRONS. O Hybrid é um dispositivo optoelectrónico de microfluídos para análise e diagnóstico de células, capaz de diagnosticar doenças como a Malária e a Babesiose, enquanto o Oxygen recorre a sensores de fibra ótica para medições distribuídas de temperatura e de oxigénio dissolvido no sangue, com o objetivo de facilitar as medições destes parâmetros durante ressonâncias magnéticas.

O SENRONS também recorre a sensores de fibra ótica para determinar espécies reativas de oxigénio (ROS) e de nitrogénio (RNS) em sistemas biológicos. Estes sensores podem ser usados para medir as espécies oxidadas para estudos in vivo do stress oxidante, através de uma tecnologia baseada em nanopartículas luminescentes capazes de discriminar entre diferentes espécies reativas de oxigénio e de nitrogénio.

Medição e Imagem Ótica


FIBDOSE, FLUOROCT e HIRESOMI são os projetos INESC TEC na área da medição e imagem ótica com aplicações no diagnóstico clínico. O FIBDOSE consiste em dosimetros para dosimetria in vitro e in vivo para radioterapia e braquiterapia externas. Dispositivos dosimétricos proporcionam um controlo em tempo-real do tratamento de radioterapia, minimizando e otimizando a exposição do paciente à radiação ionizada. O FLUOROCT baseia-se em mapeamento de distribuição de doses e simulações Monte Carlo em CT-fluoroscopia no transporte de radiação. Os resultados deste projeto poderão melhorar a proteção do paciente e do pessoal de apoio quando expostos a radiação. Já o HIRESOMI (HIgh RESolution Optical Measurement and Imaging) usa tecnologias óticas inovadoras para medições não-invasivas com recurso a ótica de alta resolução.

Soluções portáteis de monitorização


O INESC TEC está também presente na reabilitação e fisioterapia através dos projetos PROLIMB, W2M2 e BIOSWIM. No PROLIMB recorre-se a sensores eletrónicos para a deteção e profilaxia de patologias dos membros inferiores, através da medição de variáveis cinemáticas, como os movimentos lineares e angulares das coxas e das pernas, e dos sinais mioeléctricos associados à atividade dos músculos mais importantes envolvidos na locomoção. O seu posterior processamento e análise poderá ajudar os médicos a tomar decisões acerca da terapia. Este projeto visa obter uma solução de captura sem fios destes sinais, mesmo em pacientes com sérias deficiências ou inaptidões físicas, uma vez que o sistema será integrado numa plataforma de tecido técnico vestível.

O W2MW (Wireless Wearable Modular Monitoring System) é um sistema sem-fios de assistência na reabilitação, simples, low-cost e multifuncional baseado em componentes que podem ser montadas e geridas por médicos e terapeutas numa plataforma inovadora. Este projeto tem como objetivo o desenvolvimento de novos modelos e a criação de standards capazes de alterar a dinâmica terapeuta-paciente. Clínicas e hospitais podem otimizar os seus recursos com esta fonte complementar de terapia. Já o BIOSWIM é um sistema de interface corporal baseado em monitorização integrada que pode ser usada pelo paciente. Uma solução universal para monitorizar sinais fisiológicos e biomédicos de um nadador sob condições de treino normais tanto dentro como fora de água, com possíveis aplicações na hidroterapia.

Integração de Sistemas Eletrónicos e Optoeletrónicos


SMARTBIO, BIOMOTION e BIOPELVIC são também apostas nas áreas da reabilitação física e próteses médicas. O SMARTBIO tem como objetivo a aquisição de dados sobre a folga de próteses de fémures e ancas. A artroplastia total da anca junta a prótese da anca ao osso com material biocompatível, com um rácio alto de sucesso. O SMARTBIO estuda a fiabilidade de um sistema laboratorial que pode identificar o início de fraturas no manto de cimento do osso que possa aparecer à medida que o osso é decomposto e a articulação é desgastada ao longo do tempo. Um método de monitorização não-invasivo do nível de deslocamento de próteses de ancas com sensores de fibra ótica de Bragg embutidos com sistemas de comunicação sem-fios que definem metodologias de prevenção clínica e de correção. 

O BIOMOTION foca-se na perceção de locomoção biológica, psicofísica integrada, neurofisiologia e modelação computacional. Este projeto irá ajudar a compreender os aspetos funcionais da visão, extrair dados relevantes para a visão artificial e avaliar a possibilidade de manufatura de estruturas óticas deste tipo.

O BIOPELVIC é um estudo de doenças do soalho pélvico feminino. Prolapso vaginal, incontinência urinária e fecal e outras anomalias relacionadas com os sistemas urinário e gastrointestinal estão todas ligadas aos músculos do soalho pélvico e afetam 40% da população entre os 45 e os 85 anos. Através de ultrassom, processamento de imagens e reconstrução 3D é criado um modelo anatómico com a dinâmica cinemática e as características da cavidade pélvica de forma a ajudar os médicos a tomar decisões sobre o diagnóstico e tratamento de trauma para os pacientes e seus familiares.

Computer Vision e Reconhecimento de Padrões


Comparação estética e diagnóstico do Cancro da Mama são os objetivos dos projetos BCCT e Semantic PACS. BCCT.core (Breast Cancer Conservative Treatment) é um sistema médico gerido por computador com o objetivo de avaliar de forma objetiva e automática os resultados estéticos do tratamento conservador de cancro da mama para comparar resultados e melhorar a prática nesta área.

Intitulado Semantic PACS, este sistema inovador permite uma fiabilidade de 100% na deteção de tumores malignos. Reduzindo o tempo de espera pelo diagnóstico, e consequentemente o desgaste emocional das pacientes, este projeto representa um avanço significativo na deteção do cancro da mama.

Ainda na área de diagnóstico do Cancro da Mama, o INESC TEC desenvolveu também o MammoClass: uma ferramenta capaz de estimar a malignidade de nódulos em mamografias, com base em atributos BIRADS (Breast Imaging and Report Data System). A ferramenta encontra-se disponível online podendo ser usada por médicos e radiologistas como um instrumento adicional de diagnóstico.

Computação Gráfica e Ambientes Virtuais para Ambient Assisted Living


CAALYX, eCAALYX, CAALYX-MV, AAL4ALL, ICT4Depression e LUL abrem a porta ao desenvolvimento de tecnologia para Ambient Assisted Living no apoio a idosos e a pessoas com necessidades de acompanhamento. O CAALYX - Complete Ambient Assisted Living Experiment apresenta um sistema que oferece uma maior autonomia aos idosos, através da oferta de serviços de acompanhamento remoto de forma transparente e não intrusiva, permitindo-lhes continuar a viver em suas casas.

Já o eCAALYX é um projeto do programa europeu AAL Joint Programme cujo objetivo é desenvolver um sistema para acompanhamento ambulatório de utilizadores com múltiplas doenças crónicas (comorbilidade). Por sua vez, o CAALYX-MV procura a validação para o mercado da tecnologia CAALYX. O objetivo é prolongar o tempo de permanência segura em casa e aumentar a autonomia e a independência dos idosos. O sistema CAALYX monitoriza então o estado de saúde e o bem-estar social dos utilizadores, fornecendo as ferramentas e os serviços necessários para suportar as atividades diárias, com enfoque em parâmetros como o conforto, a segurança, a eficiência energética e a comunicação.

O projeto AAL4ALL pretende criar um ecossistema que potencie o desenvolvimento de soluções comerciais na área do Ambient Assisted Living (AAL) em Portugal. O principal objetivo do AAL4ALL é criar um quadro que facilite o desenvolvimento de tecnologias que permitam reduzir os custos de apoio e melhorar a qualidade de vida dos idosos portugueses.  

Ainda na área do apoio à população idosa, o LUL (Living Usability Lab) apresenta-se como um projeto para redes de nova geração que disponibiliza serviços e tecnologias inovadores para melhorar a qualidade de vida de cidadãos idosos e de pessoas com necessidades especiais de forma a promover um envelhecimento ativo.

Outro projeto, desta vez ligado à depressão, é o ICT4Depression. Este projeto tem como objetivo ajudar as pessoas que sofrem de depressão através de um sistema que fornece de forma automática os cuidados de que estas necessitam. Ao contrário dos outros sistemas já existentes, este projeto envolve o uso de biosensores não intrusivos, ligados ao corpo do paciente. Estes sensores fornecem dados sobre ritmos cardíacos e outras informações fisiológicas vitais através de bluetooth para o telemóvel do paciente, ou através da internet, com sugestões de ações que permitam responder às necessidades do paciente.

Gestão de Informação e de Sistemas no combate ao VIH/SIDA


SI.VIDA é o nome do projeto INESC TEC com a finalidade de desenvolver um sistema informático requerido pela Coordenação Nacional para a Infeção VIH/SIDA– Ministério da Saúde (CNSIDA), passível de ser distribuído e utilizado por todas as unidades de saúde que seguem e tratam pessoas infetadas pelo VIH/SIDA. Para além de contribuir para a uniformização de processos clínicos, o Sistema Informático do VIH/SIDA (SI.VIDA) deverá possibilitar uma transferência de dados da forma  mais transparente possível e, em última instância, uma melhor avaliação e gestão dos recursos envolvidos. Este sistema já está a ser testado em vários hospitais, nomeadamente: Hospital de São João (Porto), Egas Moniz (Lisboa), Hospital de Faro, Hospital de Vila Nova Gaia e Hospital Universitário de Coimbra.

Otimização e apoio à decisão


KEP (New models for enhancing the kidney transplantation process) é o projeto INESC TEC com o objetivo de investigar e desenvolver novos métodos para facilitar e melhorar decisões associadas a ações de transplantes de rim com dadores vivos. O KEP apresenta-se como um importante projeto de gestão e planeamento na área da saúde pública, através do desenvolvimento de métodos de otimização avançados para a resolução do problema de emparelhamento de doentes renais com dadores vivos. Este mecanismo de troca entre pares pode ser definido como troca de rim emparelhada (Paired Kidney Exchange, PKE): transplante entre pares dador-paciente, em que cada paciente recebe o rim do dador de outro par. Para extrair o benefício coletivo máximo para um conjunto de pares dador-paciente será necessário determinar a solução que maximiza, por exemplo, o número de transplantes possíveis, respeitando restrições de compatibilidade entre outras.

Também é de destacar o WalkinSense desenvolvido pela empresa spin-off Tomorrow Options. Em cada ano 15% dos diabéticos no Reino Unido desenvolvem uma úlcera no pé, e para 15% deles a amputação é a única opção. O WalkinSense é um dispositivo de análise médica que fornece dados quantitativos e qualitativos sobre a pressão plantar dinâmica e sobre a atividade do utilizador. Direcionado para atividades clínicas este projeto fornece informação para a prescrição e avaliação de órteses e a comparação dos testes dos pacientes para avaliar a sua evolução. O WalkinSense pode ser usado dentro de um ambiente clínico com destaque para as áreas da ortopédica, neurologia, cardiologia, pediatria, reabilitação e aplicações desportivas.

Otimização, Data Mining e Simulação


Por fim, destaca-se o ORPlan (An integrated framework for operating room capacity planning and scheduling), projeto INESC TEC que tem como objetivo desenvolver um quadro integrado para planeamento e calendarização da capacidade de uma sala de operações. Este projeto procura construir um suporte para responder ao problema da otimização da sala de operações, combinando data mining avançada com otimização e técnicas de simulação. Este protótipo de software foi implementado para manualmente calendarizar o planeamento de operações.

Estes projetos reafirmam o crescimento do INESC TEC no desenvolvimento de aplicações para a área da saúde, destacando a importância do investimento nestas tecnologias para melhorar a qualidade de vida de pacientes, idosos, doentes crónicos e pessoas com mobilidade reduzida.

Fonte Original: BIP 120

Investigadora do HASLab/INESC TEC vencedora do Prémio Científico IBM

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Alexandra Martins da Silva, investigadora do High Assurance Software Laboratory da Universidade do Minho (HASLab – Parceiro Privilegiado do INESC TEC, Laboratório Associado coordenado pelo INESC Porto), foi a vencedora da 21.ª edição do Prémio Científico IBM.

Adriano Cerqueira

"Coálgebra de Kleene" é o título do trabalho que valeu o prémio a Alexandra Silva, tornando-a assim na primeira mulher a ser premiada com esta distinção.

O seu trabalho generaliza, numa extensão nunca anteriormente pensada possível, um dos resultados maiores das Ciências da Computação: o teorema de Kleene.  Permite, assim, criar modelos de sistemas computacionais complexos, linguagens rigorosas para  descrever/prescrever  e verificar o seu comportamento. A sua abordagem cobre todos os casos documentados na literatura e permite tratar outros com solução até então desconhecida, nomeadamente  modelos para sistemas com evolução incerta, muito relevantes em aplicações onde a probabilidade de falha e o controlo de excepções tem de ser rigorosamente considerado.

Instituído em 1990 pela IBM Portugal, o Prémio Científico IBM tem a finalidade de distinguir trabalhos de elevado mérito no campo das Ciências da Computação, com o objetivo de estimular jovens investigadores portugueses a divulgarem os seus trabalhos.

O Prémio Científico IBM foi entregue no dia 18 de outubro numa cerimónia realizada na Universidade do Minho que contou com a presença do Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato.

Alexandra Silva, de 27 anos, licenciou-se em 2006 em Matemática e Ciências da Computação na Universidade do Minho, e doutorou-se com distinção “cum laude” (atribuída só em 5% dos casos) na Universidade de Nijmegen, Holanda. É bolseira de pós-doutoramento no centro HASLab, do Departamento de Informática (DI) da Universidade do Minho, e desde outubro professora auxiliar no grupo de Fundamentos da Computação da Universidade de Nijmegen.

Fonte Original: BIP 120

INESC TEC participa em Projeto Europeu de Otimização Industrial

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O INESC TEC, através do INESC Porto, vai participar no projeto europeu Adventure (Adaptive Virtual Enterprise Manufacturing Environment) com o objetivo de criar um quadro de referência, suportado por uma plataforma tecnológica, que permita desenhar, desenvolver e executar processos de negócio num contexto de “empresas virtuais”.

Adriano Cerqueira

O Adventure vai desenvolver soluções avançadas que permitem  o desenho e a execução de processos de negócio, a gestão da base de conhecimento e a troca de informação entre fábricas que integram os modelos de organização conhecidos como ‘empresas virtuais’. Abrangendo todo o ciclo de vida, o projeto vai ajudar as fábricas a irem além das limitações operacionais hoje existentes através do desenvolvimento de metodologias, ferramentas e de soluções que possibilitem, num contexto de grande dinâmica de mercado, explorar o conceito de ‘plug-and-play’ na integração de parceiros de negócio na “empresa virtual”.

A otimização global dos processos inerentes a toda a cadeia de valor será possível através de uma plataforma inovadora. Entre variadas funcionalidades já identificadas de suporte à gestão do ciclo de vida, serão criados objetos inteligentes que poderão, por exemplo, dar apoio à monitorização e adaptação de processos operacionais.

O projeto, com duração de três anos, tem um orçamento de 3,7 milhões de euros financiado pelo 7º Programa-Quadro (7th Framework Programme) da Comissão Europeia, em conjunto com os parceiros tecnológicos e industriais, assim como os institutos de investigação envolvidos no desenvolvimento do Adventure.

Sob a coordenação da Universidade de Darmstadt (Alemanha), o Adventure envolve um total de 10 parceiros: TIE, Ascora e iSOFT na vertente tecnológica, Universidade Técnica de Darmstadt (Alemanha), INESC Porto, Universidade de Vaasa (Finlândia) e a Universidade de Vienna (Áustria) como institutos de investigação e TANET, ABB e Azevedos Indústria como organizações no papel de utilizador.

Coordenada por Américo Azevedo, a equipa do INESC TEC responsável pelo projeto é composta por José Faria e Filipe Ferreira da Unidade de Engenharia de Sistemas de Produção (UESP). 

Fonte Original: BIP 120

INESC TEC estabelece parceria no âmbito da Engenharia Alimentar

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A Unidade de Optoeletrónica e Sistemas Eletrónicos (UOSE) do INESC Porto, entidade coordenadora do INESC TEC Laboratório Associado, estabeleceu uma parceria com o Departamento de Engenharia Alimentar da Universidade de Hacettepe (Ankara, Turquia). Numa fase inicial esta colaboração contará com o intercâmbio de um aluno dessa universidade com a UOSE com o objetivo de investigar a viabilidade da utilização de biosensores em fibra ótica para a deteção da Bacteria E. Coli.

Adriano Cerqueira

Esta parceria surgiu através da presença do investigador Pedro Jorge na reunião do COST MP0803 "Plasmonic components and devices", que decorreu em paralelo com a conferência "Nanoplasmonic Sensors and Spectroscopy", em Gotemburgo (Suécia) entre os dias 18 e 22 de setembro.

A mesma base tecnológica abre as portas a novas oportunidades de aplicação e vai também ser explorada num projeto FCT recentemente aprovado, envolvendo o centro de Genética e Bioengenharia da UTAD (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro) e a SOGRAPE, onde será avaliada a possibilidade de autenticar vinhos DOC (Denominação de Origem Controlada) através da assinatura genética das uvas. 

Fonte Original: BIP 120

Equipa do CRACS/INESC TEC em sexto lugar no Assemblathon

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Uma equipa do Centro de Investigação em Sistemas Computacionais Avançados (CRACS/INESC TEC) alcançou o sexto lugar na primeira edição da Assemblathon, uma competição internacional em que os participantes tiveram a tarefa de montar um genoma simulado.

Adriano Cerqueira

A Assemblathon propôs o desafio de montar um genoma completo a partir da enorme quantidade de pequenos pedaços com sobreposição produzidos pelas máquinas de sequenciação de segunda e terceira geração.

O objetivo desta competição foi avaliar e impulsionar o desenvolvimento de métodos computacionais de montagem de genomas. Nesta edição participaram 17 equipas de  laboratórios e universidades de sete países (Estados Unidos, China, Reino Unido, França, Portugal,  Canadá, Singapura).

Os resultados da primeira edição da Assemblathon foram apresentados num artigo publicado na Genome Research

Fonte Original: BIP 120

INESC TEC no Dia Internacional da Música

Foto: Adriano Cerqueira

O INESC Porto, coordenador do INESC TEC Laboratório Associado, participou nas comemorações do Dia Internacional da Música através de uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal do Porto, que se realizou na Biblioteca da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), no dia 30 de setembro.

Adriano Cerqueira

Nesta mostra, o INESC Porto esteve representado pelo grupo SMC – Sound and Music Computing da Unidade de Telecomunicações e Multimédia (UTM), que apresentou uma demonstração de músicas Jazz com saxofone (tocado por Mário Santos) e eletrónica em tempo real, uma instalação audiovisual interativa utilizando objetos desenvolvidos no âmbito do projeto Kinetic (algoritmos de geração musical controlados por interfaces gestuais), e a aplicação RAMA (aplicação web para visualização e interação com redes de artistas musicais).

Coordenado pelos investigadores do INESC TEC, Fabien Gouyon e Carlos Guedes, este grupo do INESC Porto/FEUP desenvolve investigação na área de processamento de sinais, reconhecimento de padrões e interação musical homem-máquina. O objetivo é melhorar a capacidade dos computadores para perceber, modelar e gerar sons e música, abordando a comunicação sonora e musical de um ponto de vista multidisciplinar, através da combinação de metodologias científicas, tecnológicas e artísticas.

O grupo SMC trabalha ainda temas nucleares, tais como Recuperação de Informação Musical, Geração Automática de Música, Processamento Áudio e Robótica Musical.

Fonte Original: BIP 120

Partilha de livros entre Unidades

Imagem: The Indy Reading Coalition

A Unidade de Inovação e Transferência de Tecnologia (UITT) do INESC Porto iniciou um processo de partilha de livros entre todos os colaboradores do INESC Porto. Esta iniciativa tem como objetivo promover a partilha de conhecimento e o convívio entre os colaboradores.

Adriano Cerqueira

Inspirada pelo livro What’s Mine is Yours de Rachel Botsman e Roo Rogers, a proposta de projeto social da UITT consiste na contribuição de livros para uma estante partilhada que ficará ao dispor de todos os interessados em os requisitar.

Cada colaborador poderá contribuir com dois livros que deverão ser acompanhados por uma mensagem sobre a doação. Recomenda-se que cada um apenas levante um livro de cada vez, para que a estante não fique vazia, sendo necessário deixar uma mensagem nesse livro para o próximo leitor, antes de o entregar.

São aceites qualquer tipo de livros estendendo a estante a todos os colaboradores com o objetivo de partilhar leituras, sem ter que investir em livros.

A iniciativa partiu de Alexandra Xavier da UITT, com o intuito de criar uma nova ferramenta de consumo colaborativo.

Fonte Original: BIP 120