De 25 de Abril a 1 de Maio o Parlamento Europeu em Estrasburgo acolhe centenas de jovens universitários. Durante uma semana os participantes vão simular todas as vertentes do jogo político da União Europeia.
Adriano Cerqueira
Model European Union (MEU) é um simulacro do processo de aprovação de novas leis na União Europeia. Durante oito dias os participantes vão vestir a pele do Concelho de Ministros, fazendo parte da simulação de todos os passos de aprovação de uma lei e participando em debates e discussões sobre dois temas principais: sistemas eleitorais e política ambiental. Cada jovem terá ainda o desafio de representar um país membro da UE, que não o seu, e aprender mais sobre ele.
Mas o MEU não se foca apenas na vertente política, os inscritos poderão fazer parte de um jornal pan-europeu, sendo lhes dada a responsabilidade de relatar o evento e entrevistar as figuras de destaque. Para aqueles que preferirem observar e fazer parte do trabalho de bastidores, através da movimentação de interesses e influências, também há lugar para jovens agentes de lobbies.
Inês Nascimento, da organização do MEU, vê esta iniciativa como uma boa oportunidade para os estudantes da Universidade do Porto. “Um aluno da UP, seja de que curso for, pode beneficiar de várias formas deste evento. A prática do inglês num ambiente em que o nível da língua será elevado é uma delas. Terá também a oportunidade de contactar com outros jovens universitários de toda a Europa, com vocação internacional, activos na sociedade e conscientes da sua cidadania. Mas, claro, a vantagem central deste evento é experienciar a União Europeia da forma mais próxima possível”, afirma.
Agora membro da organização, Inês Nascimento chegou a participar na edição de 2008 do MEU. “Baseada na minha experiência pessoal posso dizer que a vivência das práticas da UE a este nível desmistifica o mecanismo obscuro que ela consegue ser. Traz novas perspectivas acerca das possibilidades e limitações das negociações e do próprio peso dos vários países. Especialmente para um país que, como Portugal, está relativamente distante do centro de decisão da UE, é revelador e esclarecedor de muitos mitos, e de algumas verdades”, confessa.
Inês Nascimento salienta ainda a importância dos participantes entrarem em contacto com os textos legais de implicações políticas, o que “ensina muito sobre a linguagem jurídica e o seu impacto real”.
Questionada sobre a importância deste evento na aproximação das universidades europeias Inês Nascimento salienta o papel fulcral da integração e diversidade cultural. “O simples facto de se juntarem jovens estudantes num ambiente neutro para todos eles é já em si a melhor forma de internacionalizar e aproximar as universidades europeias. Experiências são trocadas, qualidades são reconhecidas, diferenças culturais são apreciadas, e um espírito de tolerância e curiosidade nasce e pode desenvolver-se. E não são os alunos que verdadeiramente aproximam as universidades?”, refere.
A representante portuguesa do MEU 2009 olha com optimismo para evolução do processo de integração de Portugal na UE. “Este evento tenta possibilitar um reconhecimento da parte dos estudantes de todos os países do quanto as suas raízes nacionais e culturais podem e devem contribuir para a realização do imenso projecto que é a União Europeia. A posição de Portugal na Europa é relativamente periférica em vários sentidos, não só estamos longe da Europa, como não temos o peso de um país com uma grande população. No entanto, estou convencida de que os estudantes universitários portugueses não terão receio de assumir um papel proeminente se souberem a que direcção rumar, daí a importância destes eventos”, acredita.
Inês Nascimento apela ainda aos jovens estudantes para encararem com “bons olhos” a possibilidade de trabalhar com a União Europeia e de se tornarem em “verdadeiros cidadãos europeus”: “O facto de ter participado no MEU 2008 fez-me decidir trabalhar com a UE. Se mais estudantes o fizerem também, não é essa já a prova de que o processo de evolução está em curso? E com a vocação dos portugueses para “descobrir novos mundos”, não é isto um bom sinal de que tal processo possa de facto ser um sucesso?”
O Model European Union é aberto a todos os jovens entre os 18 e os 25 anos, cidadãos dos estados membros da União Europeia, e residentes da Noruega, Islândia e Turquia.
Mas o MEU não se foca apenas na vertente política, os inscritos poderão fazer parte de um jornal pan-europeu, sendo lhes dada a responsabilidade de relatar o evento e entrevistar as figuras de destaque. Para aqueles que preferirem observar e fazer parte do trabalho de bastidores, através da movimentação de interesses e influências, também há lugar para jovens agentes de lobbies.
Inês Nascimento, da organização do MEU, vê esta iniciativa como uma boa oportunidade para os estudantes da Universidade do Porto. “Um aluno da UP, seja de que curso for, pode beneficiar de várias formas deste evento. A prática do inglês num ambiente em que o nível da língua será elevado é uma delas. Terá também a oportunidade de contactar com outros jovens universitários de toda a Europa, com vocação internacional, activos na sociedade e conscientes da sua cidadania. Mas, claro, a vantagem central deste evento é experienciar a União Europeia da forma mais próxima possível”, afirma.
Agora membro da organização, Inês Nascimento chegou a participar na edição de 2008 do MEU. “Baseada na minha experiência pessoal posso dizer que a vivência das práticas da UE a este nível desmistifica o mecanismo obscuro que ela consegue ser. Traz novas perspectivas acerca das possibilidades e limitações das negociações e do próprio peso dos vários países. Especialmente para um país que, como Portugal, está relativamente distante do centro de decisão da UE, é revelador e esclarecedor de muitos mitos, e de algumas verdades”, confessa.
Inês Nascimento salienta ainda a importância dos participantes entrarem em contacto com os textos legais de implicações políticas, o que “ensina muito sobre a linguagem jurídica e o seu impacto real”.
Questionada sobre a importância deste evento na aproximação das universidades europeias Inês Nascimento salienta o papel fulcral da integração e diversidade cultural. “O simples facto de se juntarem jovens estudantes num ambiente neutro para todos eles é já em si a melhor forma de internacionalizar e aproximar as universidades europeias. Experiências são trocadas, qualidades são reconhecidas, diferenças culturais são apreciadas, e um espírito de tolerância e curiosidade nasce e pode desenvolver-se. E não são os alunos que verdadeiramente aproximam as universidades?”, refere.
A representante portuguesa do MEU 2009 olha com optimismo para evolução do processo de integração de Portugal na UE. “Este evento tenta possibilitar um reconhecimento da parte dos estudantes de todos os países do quanto as suas raízes nacionais e culturais podem e devem contribuir para a realização do imenso projecto que é a União Europeia. A posição de Portugal na Europa é relativamente periférica em vários sentidos, não só estamos longe da Europa, como não temos o peso de um país com uma grande população. No entanto, estou convencida de que os estudantes universitários portugueses não terão receio de assumir um papel proeminente se souberem a que direcção rumar, daí a importância destes eventos”, acredita.
Inês Nascimento apela ainda aos jovens estudantes para encararem com “bons olhos” a possibilidade de trabalhar com a União Europeia e de se tornarem em “verdadeiros cidadãos europeus”: “O facto de ter participado no MEU 2008 fez-me decidir trabalhar com a UE. Se mais estudantes o fizerem também, não é essa já a prova de que o processo de evolução está em curso? E com a vocação dos portugueses para “descobrir novos mundos”, não é isto um bom sinal de que tal processo possa de facto ser um sucesso?”
O Model European Union é aberto a todos os jovens entre os 18 e os 25 anos, cidadãos dos estados membros da União Europeia, e residentes da Noruega, Islândia e Turquia.
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